Acusada de sedar e incinerar o companheiro em uma fornalha em Dom Feliciano, na região Sul do Estado, Elizamar de Moura Alves foi absolvida pelo Tribunal do Júri da Comarca de Camaquã nesta quarta-feira (27).
Os advogados de Elizamar defenderam sua absolvição e argumentaram que a ré era vítima de violência doméstica e que agiu em legítima defesa da própria vida e da dos filhos.
Após a sentença do juiz Daniel de Souza Fleury, que presidiu o júri, foi expedido o alvará de soltura para a mulher. Ela estava presa preventivamente por homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica.
Relembre o caso
O crime aconteceu em 15 de fevereiro do ano passado, na localidade de Colônia Nova, no interior de Dom Feliciano, onde o casal morava. Segundo o Ministério Público, Elizamar diluiu dois comprimidos de Diazepam no suco de laranja do marido, Erni Pereira da Cunha.
Enquanto ele estava desacordado, ela colocou o homem dentro de uma fornalha que ficava na estufa de fumo da família. O corpo teria ficado queimando no local durante três dias.